Imaginem o seguinte: As exchanges são sócias no seu trading. Com a única diferença que elas não ficam com o risco e só elas ganham primeiro e se você tiver sorte, talvez tenha algum lucro no final.
A questão de taxas em corretagem é um mal necessário(?)em todas as instâncias do mercado financeiro. Não é de hoje que se discute sua pertinência. A questão é que desde que o mundo é mundo e se negocia em câmaras de comércio, cobra-se taxas de intermediação, afinal alguém tá juntando as pontas entre essas duas entidades essenciais ao comércio: comprador e vendedor. A figura quase oculta do intermediário é figura 100% presente nesse modelo de ancestral de negócios. Como quebrar esse paradigma? Esta é a pergunta que não quer calar.
Já sabemos que alguns modelos de negócios, como já praticado na China, entre as maiores exchanges do mundo, como já publicado aqui nesse portal. Exchanges como Binance, devido ao seu colossal volume de negócios diários, consegue, em alguns momentos do dia, operar com taxas zero. Com o único intuito de atrair mais negócios e volumes ao seu book. O sistema de trabalho muito eficiente, visto que as taxas são o core business de quase todas as exchanges. Contudo, no caso da Binance, enquanto as taxas estão em zero, há um ágio sobre todos os ativos.
A Binance é a maior exchange do mundo por volume de transações, processando mais de US$ 2,5 bilhões em transações. OKEx e Upbit, da Coréia do Sul, processaram mais de US$ 2,1 bilhões em transações. São negócios colossais e que a cobrança de taxas faz toda a diferença no fluxo de caixa de qualquer uma delas.
Mas e aqui no Brasil? Como o mercado está montado? Da mesma forma e talvez de uma forma ainda mais leonina. Vamos analisar o mercado nacional.
Talvez você não tenha percebido, que as exchanges cobram taxas a cada transação de compra ou venda de Bitcoin em suas plataformas. O trader já tem que estar ciente que ele está em um cercado, portanto, não há como operar ignorando as taxas. Elas estão ali o tempo todo comendo seu lucro por dentro. Até mesmo quando se vai sacar o recurso da corretora. Algumas, como o Mercado Bitcoin, BitcoinToYou e a FlowBTC, cobram até mesmo quando você vai depositar dinheiro na conta deles para comprar suas moedas digitais. Abrir uma exchange no Brasil, parece ser um negócio da China, não? Só as taxas garantem o sucesso do empreendimento. As taxas bancárias são normalmente entre 1% e 2% e as taxas sobre compra e venda ficam por volta de 0,5% (meio por centro). Pode parecer pouco, mas como ocorrem em todas as transações que você faz, no final do mês elas certamente comeram boa parte do seu lucro. Em algumas corretoras, somando-se as (abusivas) taxas de depósito, transações e saques, você chega a deixar 5% do valor que você investiu. E sabemos que, nem sempre, consegue-se essa lucratividade ao negociar (além do risco de perder muito).
Não se discute, que a corretagem é historicamente ligada à cobrança de taxas. Mas vejamos, estamos lidando com negócios disruptivos. Negócios que surgiram de tecnologias que disruptaram mercados e o modus operandi de diversas camadas da sociedade. A invenção do Bitcoin veio para disruptar o mercado financeiro. Então por que as exchanges de cryptomoedas, que são fruto direto dessa revolução, se comportam como qualquer banco ou corretora de valores tradicionais? Isso é um paradoxo. Nos faz lembrar da velha frase do Conde de Lampedusa: tudo deve mudar para que tudo fique como está.
Eis as taxas:
Não é para a manutenção desses latifúndios que estamos aqui tentando incentivar firmemente a adoção das cryptomoedas. Queremos sim, ver negócios com capacidade de transformação desses modelos de negócios surgirem. A gente começa a perceber que o negócios de taxas é tão bom que temos assistido a proliferação de exchanges. Deve surgir uma exchange a cada semana no Brasil. Todas idênticas no seu modelo de negócios. Em um mercado tão pulsante e cheio de inovações, não surge nenhum modelo de negócios baseado em algo novo?
Eis que surgiu: ClubeBitcoin.
A única exchange no Brasil que desenvolveu um modelo de negócios no qual as taxas não são o carro chefe das operações. O ClubeBitcoin lançou uma ICO que proporcionará aos participantes o direito de operar com taxas zero. Os membros não pagarão nenhuma taxa de comissão sobre as operações de compra, venda, depósitos ou saques, tanto em Reais quanto em cryptomoedas.
O Clube Bitcoin será uma exchange que terá como meta, a não cobrança de taxas para transações e para tornar esse plano realidade, ela será lançada, assim como fora com a Binance e com a Kucoin que lançaram ICO’s para iniciarem suas atividades. Sem dúvida, um projeto inovador no cenário já pulverizado de exchanges no Brasil, no qual seguem sempre o mesmo modelo de negócio: a cobrança de taxas.
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