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Bitcoin, flerta com a concentração de poder – Part II

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De acordo com um estudo realizado pela GlassNode, somente 25% de todo o volume de Bitcoins transacionados onchain, mudam de mãos frequentemente. Estamos portando falando, de uma concentração de 75% de todo o Bitcoin disponível, está estocados nas mãos das exchanges. Um dado relevante que mostra que a possível adoção do Bitcoin está muito longe de se tornar real.

De acordo com dados cruzados da Nomics, IntoTheBlock e compilados pelo Cryptowatch, há fortes indícios de que estamos diante de uma forte concentração de renda nas mãos de poucos players no mercado.

A concentração do Bitcoin nas mãos do mercado, simplesmente é 88.91% de todo o Bitcoin disponível no mercado, algo em torno de 18 milhões de unidades, estão nas mãos das bolsas de criptoativos. O que para adoção e disseminação da tecnologia é algo muito ruim. Para piorar, uma única baleia (um grande investidor), detém 1.41% de todo o Bitcoin disponível. O restante, 9.68% estão nas mãos dos investidores, os famosos hodlers.

Em 21 de agosto, um volume de mais de US$ 250 bilhões foram movimentados em um único dia. A título de comparação, nesse mesmo dia, o Bitcoin batia pela primeira vez a marca dos US$ 10 mil em 2019, mas seu volume nominal no mercado aberto era de somente US$ 52 bilhões, de acordo com dados do Cryptocompare.

No entanto, esse volume foi causado simplesmente pela “mudança” do Bitcoin, associada a uma exchange criando novas carteiras frias e reorganizando seus fundos internamente – nenhum Bitcoins real foi transferido entre diferentes participantes da rede.

Esse fluxo de Bitcoin foi da Huobi em direção a Binance. A Huobi tem servido de ponto entre os investidores chineses e a Binance, desde que esta mudou sua sede fiscal para Malta, para fugir das regulações oriundas da China continental (Mainland). Conforme divulgado no Cryptowatch em 10/11/2019.

Na economia do Bitcoin, as implicações de se mover fundos dentro da mesma entidade e realmente transferir a propriedade do bitcoin (e, portanto, valor) entre os participantes da rede são muito diferentes – elas representam coisas muito diferentes em termos de atividade econômica. O que reduz consistentemente a ideia de que o Bitcoin é um ativo descentralizado, para ser mais exato.

Qual a importância, portanto de se analisar e dar peso à essas informações: porque o Bitcoin é um ativo que só existe e opera-se em rede.

 

 

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