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Exchanges japonesas estão sob intenso controle dos reguladores

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Recentemente,a Agência Japonesa de Serviços Financeiros (FSA) tomou medidas bastante duras contra sete exchanges, exigindo que duas delas encerrassem as operações por um mês.

Em 8 de março, a FSA interveio pesadamente contra essas exchanges devido à sua incapacidade de assegurar o bom funcionamento dos sistemas de controle interno e compliance. Todos os sites foram ordenados a intensificar os esforços para garantir a segurança e evitar a lavagem de capitais.

Operações da FSHO e Bit Station foram suspensas a partir de 8 de março. A FSA disse que o FSHO não controla sua plataforma de trading corretame e seus funcionários não possuem treinamento adequado. A FSA também afirma que um dos funcionários seniores da Bit Station usou bitcoins de clientes para fins pessoais.

A FSA também multou outras exchanges como o GMO Coin, Tech Bureau, Mister Exchange, Increments e Coincheck. A Coincheck já recebeu uma segunda ordem desde o hackeamento e roubo de fundos no início deste ano, quando as moedas NEM (XEM) foram roubadas com uma perda de US$ 530 milhões.

Na segunda-feira, 12 de março, a Coincheck anunciou que está começando a pagar uma compensação aos usuários cujos ativos foram roubados durante a pirataria. Além disso, a retirada de fundos e a negociação em algumas moedas, incluindo Bitcoin, bem como ETH, ETC, XRP, LTC e BCH, estão em negociação.

O problema com Coincheck foi que manteve todos os seus NEMs em uma hot wallet conectada à internet. Para comparação, a Coinbase armazena 98% de seus fundos em uma carteira segura e fria. O vice-presidente da Fundação NEM, Jeff MacDonald, em entrevista à Bitcoin Magazine, disse que o roubo poderia ter sido evitado se Coincheck tivesse usado carteiras de assinatura múltipla, as famosas multisig.

O hack à Coincheck tornou-se um dos maiores roubos de cryptomoedas no mundo após um ataque no MT. Gox, Tokyo Stock Exchange, em 2014. O evento com o Coincheck deu uma nova dimensão nos riscos de se manter o dinheiro custodiado em exchanges e, desde então, a FSA tomou medidas decisivas para proteger os cidadãos japoneses e garantir a segurança das exchanges em todo o país.

No ano passado, o Japão tornou-se um dos primeiros países a regular os mercados de cryptomoedas, criando um sistema de licenciamento para isso. Atualmente, 16 exchanges são registradas no país e mais 16, incluindo Coincheck, conseguiram continuar trabalhando sem registro enquanto o processo de licenças está em andamento. Cinco das sete exchanges multadas pela FSA ainda não foram registradas. Após a suspensão das operações, a Bit Station desativou suas operações via API e aplicativo.

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