Especial Cryptowatch
Especial Cryptowatch: BitBlue
Um dos maiores gargalos que as exchanges enfrentam no Brasil atualmente é a oposição do bancos, com fechamentos inesperados e à revelia por parte dos bancos das contas exchanges. Um problema sério que ameaça o modelo de negócios das corretoras no seu design. A questão essencial é que falta às exchanges capilaridade e proximidade com dia a dia de quem quer operar o trade cryptomoedas e até mesmo de câmbio de moedas tradicionais. O que naturalmente representaria uma oportunidade de arbitragem, se houvesse a essa possibilidade às atuais exchanges. Eis que então surge uma exchange que tem um modelo de negócios o câmbio de moedas e cryptomoedas – a BitBlue.
A BitBlue foi lançada em agosto passado, seu design está mais próximo de uma fintech do que de uma exchange de cryptomoeda comum. Justamente porque a BitBlue é um braço tecnológico de um grande grupo ligado a câmbio, o grupo B&T. O Grupo B&T foi fundado em 1993, possui mais de 300 colaboradores, 200 lojas correspondentes de câmbio e atende mais de 60 mil clientes por ano. Um ativo interessante, pois em algum momento esses clientes de câmbio fiat, podem e irão se interessar por cryptomoedas e a BitBlue estará logo ali para atendê-los. A BitBlue, já soma mais de dez mil clientes próprios.
Volume de negócios
De acordo com a Cointimes, a BitBlue no ranking mensal em outubro, figurou em 5º lugar frente à demais exchanges.
Trata-se de um volume diário expressivo e mostra o vigor de uma corretora com apenas 3 meses de existência, disputando mercado de igual para igual com as veteranas.
Diante do atual cenário, o volume da BitBlue, que só tem 3 meses de vida é formidável e salutar.
Mas há boas explicações para esse volume de negócios: a tarifa zero para todos os usuários.
Modelo de negócios da BitBlue
A BitBlue, como é integrada a uma corretora de câmbio, que por sua vez, tem posições em moeda estrangeira e negócios no exterior, consegue realizar arbitragem com as maiores exchanges internacionais gerando liquidez; na qual permite que a empresa ganhe dinheiro no deságio das operações de câmbio, apresentando assim um dos melhores preços do mercado – uma média de 5% a menos, diferença que pode ser bem maior dependendo do volume de moedas adquiridas. A prova disso está na comparação de cotação entre as veteranas e a BitBlue. Vejamos abaixo:
Foxbit | R$23.990,66 |
Mercado Bitcoin | R$23.889,00 |
BitBlue | R$23.857,60 |
A capacidade da BitBlue obter Bitcoin mais barato nas exchanges internacionais é o seu grande diferencial perante as demais exchanges nacionais. Operar com a BitBlue é sensivelmente mais barato e ágil.
Outro atrativo é a integração com uma instituição de pagamentos. “Com essa integração, viabilizamos saques e depósitos de forma automatizada, numa média de 10 minutos”, comenta Edisio Pereira Neto, CEO da BitBlue.
Por design fica claro que o modelo de negócios da BitBlue não está baseado no fator taxas, que é onde as exchanges nacionais ganham dinheiro. Seu modelo de negócios além de ser mais eficiente, é mais justo com o cliente.
A plataforma
Um grande diferencial e que a plataforma da BitBlue é 100% proprietária. Nós aqui no Cryptowatch sempre destacamos esse fator como o maior diferencial atualmente entre as exchanges. Para o cliente, isso pode não fazer diferença, mas para quem quer operar com uma plataforma que suporte escala e mantenha as operações rodando, isso faz toda a diferença por fim. As poucas exchanges que possuem plataforma própria no Brasil são as que possuem o maior potencial de crescimento.
Trata-se de uma plataforma segura, ágil e com um visual clean. Extremamente funcional e prática.
A BitBlue opera com os seguintes pares de moedas: Bitcoin, Dash, Ethereum e Real. Promete colocar à disposição dos clientes mais quatro cryptomoedas até o final do ano.
Autenticação 2FA ativa e padrão para trading. Nas configurações da plataforma há vários filtros para se aplicar à questão da segurança, além do básico 2FA:
Além da muito bem-vinda opção de desativação da conta. Toda empresa que preza pelo cliente deveria lhe dar essa opção.
Redes sociais
A depressão na qual o mercado está imerso atualmente provocará um redesenho no cenário. Acreditamos que se o atual cenário de baixa permanecer por mais um ano, muitos players locais não resistirão muito tempo. A BitBlue tem potencial para resistir e se manter competitiva. Por isso manter-se no radar dos clientes é muito importante.
No Facebook, onde inclusive há restrições severas à propaganda ligada à cryptomoedas, a BitBlue está presente fomentando seu público.
No Instagram a BitBlue apresenta uma quantidade relevante de seguidores. Sinal de certamente a migração dos usuários para o Instagram tem sido muito mais ativa que no Facebook. Um fenômeno interessante que tem sido mundial.
No seu perfil institucional no LinkedIn, a BitBlue apresenta suas conexões com os grandes players do mercado.
A BitBlue não possui conta oficial no Twitter.
Quais os próximos passos da BitBlue?
A grande novidade da BitBlue, é que a partir de dezembro estará presentes também em lojas físicas, por meio de casas de câmbio. – “Vamos começar com 20 lojas, mas nossa proposta é que em até um ano estejamos presentes em mais de 200 lojas espalhadas por todo o Brasil, nos principais Shoppings e Aeroportos, ajudando a difundir a cryptoeconomia, despertando o interesse e levando esclarecimento às pessoas”, afirma Edisio.
De acordo com o CEO, hoje o cliente tem que vender suas cryptomoedas na plataforma da BitBlue e realizar a transferência do valor para sua conta bancária. Quando a empresa estiver integrada às casas de câmbio, será possível comprar e vender tanto online como nas lojas físicas, com liquidações instantâneas e em espécie. Um diferencial e tanto e que levará a negociação de cryptomoedas no Brasil a outro patamar.
O Bitcoin fez dez anos de invenção, em 31 de outubro e atualmente seu maior desafio, não ter ou ter ETF negociadas no mercado financeiro tradicional. Seu maior desafio e que urge, é ter sua adoção acelerada. Ele precisa estar acessível a todos, precisa deixar de algo de nicho e cair no gosto popular. A BitBlue tem condições de promover essa adoção no Brasil.