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Fundos de criptomoedas têm pior mês desde março, mas acumulam retorno de até 150% em 2020

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Após cinco meses marcados pela recuperação dos mercados, depois da derrocada de março, em setembro as Bolsas de valores do mundo todo voltaram a sofrer negativamente. E com os criptoativos não foi diferente.

No mês passado, praticamente todos os principais ativos digitais registraram perdas, e os recentes fundos de criptomoedas demonstraram isso em seus desempenhos, os piores para um mês desde o início da crise, em março.

Dentre os fundos disponíveis no Brasil, os mais acessíveis e voltados para o público geral, porém, foram os mais resilientes: o BLP Criptoativos, da gestora BLP, recuou 1,85%, enquanto o Discovery, da Hashdex, caiu 2,35%.

Vale destacar que, pelas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), fundos de varejo podem ter uma exposição máxima de 20% em criptomoedas, sendo que as gestoras colocam os outros 80% em ativos de renda fixa. Por conta disso, em momentos de maior tensão, estes fundos consegue minimizar as perdas, apesar que quando há grande euforia, os ganhos também são menores.

Diante disso, fundos com maior exposição, voltados para o investidor qualificado, acabaram tendo quedas maiores em setembro. Na Hashdex, o Explorer, que tem exposição máxima de 40% aos ativos digitais, caiu 3,99%, enquanto o Voyager, que tem até 100% em criptos, recuou 8,78%.

Em carta a clientes publicada no fim da semana passada, a gestora aponta que as perdas do mês conseguiram ser minimizadas por conta da valorização de 2,5% do dólar frente ao real. Isso porque o Bitcoin é normalmente calculado em dólares, e portanto, no Brasil a variação cambial também tem impacto no preço final.

No caso da BLP, o fundo Crypto Assets, que tem 100% de exposição à ativos digitais, fechou setembro com queda de 9%. Assim como na Hashdex, que se expõe ao HDAI (índice de cripto criado em parceria com a Nasdaq), aqui a gestão também é passiva, feita por exposição ao Genesis Block Fund, constituído nas Ilhas Cayman, que registrou queda de 13,25% no mês passado.

Em sua carta mensal, a BLP destacou que pesou no mercado o início do mês bastante negativo da bolsa nos Estados Unidos, com o índice Nasdaq caindo forte por conta da correção das ações de tecnologia. Isso assustou o mercado e puxou também o mercado de criptoativos.

No caso dos fundos da gestora, eles destacaram que a estratégia de suas posições underweight (investidas abaixo da média ou zeradas) em Ethereum, XRP (Ripple), Bitcoin Cash e Litecoin contribuíram positivamente, já que todos tiveram desempenho pior que o Bitcoin.

fonte: Infomoney

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