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Bolsa brasileira terá primeiro ETF de bitcoin da América Latina

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Oferta primária do QBTC11, da QR Asset Management, gestora de recursos da holding QR Capital, deve movimentar R$ 500 milhões e o ETF chegar aos homebrokers dos investidores brasileiros ainda neste semestre

 

A última fronteira entre o pequeno investidor e o mundo das criptomoedas pode estar prestes a ser rompida. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou o primeiro ETF de bitcoin da história da bolsa brasileira, a B3, a pedido da QR Asset Management, gestora de recursos da holding QR Capital.

A iniciativa é pioneira, já que o ETF (Exchange Traded Fund, também conhecido como fundo índice, negociado em bolsa) é o primeiro da América Latina atrelado ao bitcoin e apenas o quarto entre países que compõem o G20 (grupo das maiores 20 nações economias do mundo). Além do Brasil, apenas o Canadá tem os outros três ETFs de bitcoin. O primeiro a ser lançado foi o Purpose Bitcoin ETF.

Com a “benção” do regulador do mercado, a QR Capital abrirá a captação de oferta primária que deve movimentar R$ 500 milhões, informou Fernando Carvalho, fundador e diretor executivo da holding QR Capital, ao Valor Investe.

Segundo o executivo, os investidores em geral poderão negociar o novo ETF com o ticker/código QBTC11 em qualquer homebroker (sistema de negociação das corretoras pela internet) possivelmente até o fim deste semestre. As negociações podem ser liberadas antes na bolsa, a depender da velocidade dos trâmites da oferta primária.

O ETF da QR Capital irá replicar o preço médio do bitcoin das principais corretoras reguladas da criptomoeda no mundo e o fornecedor do índice será a CF Benchmarks, que é o mesmo usado pelos contratos futuros da Bolsa de Mercadorias de Chicago (Chicago Mercantile Exchange – CME), primeiro instrumento regulado de bitcoin dos Estados Unidos.

No caso do ETF de bitcoin canadense, os custos e taxas foram estimados em 1%. Carvalho ainda não pode revelar detalhes sobre a taxa do ETF brasileiro, mas garante que a alíquota será mais vantajosa para o investidor do que de fundos de investimentos comuns. “Será barato, dado que é um fundo que não tem taxa de performance”, diz.

O “namoro” para levar o novo produto aos investidores brasileiros começou no apagar das luzes de 2020 e recebeu o aval na quarta-feira (17). “Estudamos profundamente a Instrução 359 da CVM [que trata de ETFs] e estendemos os desafios que existiam em relação ao produto bitcoin. Hoje entendemos que a infraestrutura está pronta para o que estamos propondo”, diz Carvalho.

Fonte: Valor Investe

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