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Banqueiro do Credit Suisse sai para aconselhar ICO de Startups
Brian Wirtz deve ter sido um peixe fora d’água no Credit Suisse Group AG. O banqueiro de investimentos do grupo de tecnologia, mídia e telecomunicações do banco estava mais interessado em evangelizar sobre cryptomoedas que realizar negócios tradicionais, e muito provavelmente isso o tornou um homem estranho em uma empresa tão tradicional quanto o Credit Suisse.
Wirtz está deixando o banco suíço, onde foi contratado por quase cinco anos para iniciar seu próprio empreendimento, aconselhando as empresas sobre ICO com foco naquelas que emitem tokens, de acordo com a Bloomberg.
De acordo com seu perfil no LinkedIn, Wirtz, em seu papel no Credit Suisse, era um “banqueiro de investimento focado em ajudar as equipes de cryptoassets a cumprir suas missões estratégicas”. Wirtz já se descreveu como chefe do conselho de blockchain no banco, o que deve lhe servir bem assessorando startups de ICO. Ele ainda se chama de “diretor de blockchain, criptografia, banco de investimento”, mas o banco não conseguiu conter suas ambições.
No que diz respeito aos bancos de Wall Street, o Credit Suisse está na periferia do nascente mercado de cryptoassets, tendo hospedado conferências sobre cryptomoedas a investidores institucionais nas principais cidades dos Estados Unidos que inspiraram centenas de entusiastas do Bitcoin.
Mas Wirtz está com planos de lançar uma startup aparentemente para aconselhar lançamentos de ICOs de token de segurança, o que dá mais peso regulatório aos negócios versus tokens de utilidade.
É um passo que deve reforçar a confiança entre os emissores de ICO, já que um banqueiro que tem se envolvido com grandes acordos de tecnologia está emprestando sua experiência para novas emissões de moedas, onde os reguladores estão circulando em meio a um ambiente sem regulação, tal como um Velho Oeste. Ele está acostumado a trabalhar com títulos regulamentados e, portanto, fornecerá uma certa quantidade de visão regulatória que, com toda a franqueza, o mercado provavelmente precisa.
Wirtz deu ao Credit Suisse a oportunidade de se envolver mais com negócios movidos a cryptomoeda. Mas apesar de todas as suas boas intenções, Wirtz não conseguiu realizar tudo o que queria dentro dos limites de um grande banco de investimentos e de um CEO, Tidjane Thiam, que ainda está apreensivo sobre como envolver e inserir o banco no ecossistema das cryptomoedas. O Credit Suisse está investindo em blockchain, mas o mesmo vale para o JPMorgan. Contudo, nada mais relevante e relacionado diretamente às cryptomoedas saíram de dentro desses bancos.
Empreendedor, Cientista de Dados e cryptopesquisador.