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Real digital é confiável?

O Banco Central vem discutindo a algum tempo a possibilidade de criar uma moeda digital totalmente brasileira e que levaria o nome de Real Digital, sendo que diversos testes do projeto começaram a ser realizados para verificar a viabilidade e continuidade da moeda.

No fim de novembro, o Banco Central e a Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac), anunciaram que a moeda seria lançada em uma edição especial diretamente do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) para a criação desse token totalmente brasileiro.

Apesar de ser chamado de “criptomoeda” o Real digital não se apresenta como outras moedas digitais, com é o caso do Bitcoin (BTC) e Ethrerum (ETH), mas apresenta ligação com várias tecnologias relacionadas a existência de um blockchain.

O que é o Real Digital?

É preciso retomar a seguinte informação, o Real Digital não será uma criptomoeda, mas sim um CBDC, que é uma sigla de origem inglesa, mas que sua tradução significa Moeda Digital Emitida por Banco Central.

Para entender melhor a diferença entre esses dois modelos de dinheiro digital é que quando falamos de criptomoedas estamos informando que elas operam em um modelo chamado DeFi (Decentralized Finance), ou seja, finanças descentralizadas. As Criptomoedas não necessitam de uma instituição, já que ela se autorregula, principalmente baseada na lei da Oferta e Procura.

Porém, quando falamos de Real Digital, ele tem como proposta ser uma moeda digital emitida pelo Banco Central, ou seja, existe uma instituição financeira por trás dessa moeda digital, que no caso brasileiro é o Real Digital.

É até engraçado prestar atenção na moeda, já que o seu nome já traduz bastante do que essa moeda será, que seria nada mais nada a menos do que a nossa moeda local. Essa ideia de ter uma versão totalmente digitalizada da moeda brasileira.

A ideia por trás do Real Digital é justamente uma das grandes novidades e que promete uma grande revolução na economia brasileira, já que um “novo” dinheiro entraria em circulação.

Além dessa diferença, existe uma outra diferença que são os tokens (que nada mais são do que os ativos financeiros e, porém, o Real Digital será o dinheiro tradicional lastreado em Real, mas com um funcionamento virtual.

Outro detalhe que precisa ser mencionado é que a criação e existência do Real Digital não anulará a existência do papel moeda no Brasil, que vem se adaptando a novas tecnologias para uma população mais adepta ao uso tecnológico para o pagamento, PIX e outros detalhes.

Para jogar mais uma luz na criação do Real digital é que foi constatado que no ano de 2020, apenas 35% das operações financeiras foram realizadas utilizando-se papel moeda como operação financeira.

É preciso mencionar também que outros países já estão na corrida para criação da sua moeda virtual. Só como exemplo é possível citar: Estados Unidos, a Coréia do Sul, a Rússia, a China e a Suécia.

 

O real digital é confiável?

No dia 30 de novembro o laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) estão em fase avançada dos testes que é justamente para empresas e pessoas jurídicas puderam conhecer o Produto Minimamente Viável (MVP).

O LIFT é o laboratório que irá elaborar e desenvolver o Real Digital, sempre lembrando que isso não é um processo fácil. A especulação da criação dessa moeda foi ventilada a algum tempo atrás, sendo que o próprio BC afirmou que o projeto levaria no mínimo dois anos para que o projeto conseguisse ser posto para funcionar.

O mais impressionante é que se o projeto for viável, o Real Digital pode ser tornar um verdadeiro pontapé para que a “Internet das Coisas” seja implementado com sucesso no mercado financeiro. O que ocasionaria que compras que sejam passadas sozinhas no caixa de supermercado seja possível (esse é somente uma das novidades que podem ser expandidas dentro da internet das coisas).

Novamente é preciso afirmar: O Real Digital não é uma criptomoeda que apesar de apresentar um conceito bastante semelhante (no sentido do trânsito virtual), em sua essência eles são bastante diferentes. Pensando no Bitcoin ele é um ativo financeiro que tem como base a lei da oferta e da procura, enquanto que o Real Digital é emitido pela autoridade máxima monetária (o Banco Central) e com segurança criptografada via blockchain e, portanto, o CBDC é uma divisa com lastro da própria moeda (no caso do real) enquanto que o Bitcoin não apresenta nenhum lastro.

Outro detalhe que distancia bastante o Real Digital de uma criptomoeda é que o Real Digital terá a tutela das instituições financeiras. Basicamente, todo o saldo do Real Digital irá acontecerá dentro de um banco, enquanto que as transações financeiras serão feitas levando-se em conta o que o sistema bancário já realiza hoje.

Portanto, toda transferência e pagamentos teriam que passar pelo sistema bancário, enquanto que as criptomoedas não precisam da instituição financeira.

O Real Digital é golpe?

Essa resposta é bem simples de entregar, se você acredita que o seu dinheiro vivo não é golpe, o Real Digital também não poderá ser golpe, já que os dois tipos de dinheiro apresentados têm como lastro o papel moeda e centralizado no Banco Central.

Além disso, o Real Digital vem para facilitar alguns detalhes do cotidiano, como por exemplo, imaginem que o Real Digital evolua suficientemente ao longo dos anos, sendo que qualquer pessoa poderia entrar em um mercado com um smartphone, se conectaria ao estabelecimento (ou a rede), colocaria seus produtos no carrinho rapidamente e sairia pela porta da frente, já que o pagamento havia sido previamente realizado.

Retomando um pouco a relação entre Real Digital e o Banco Central. Como a moeda dependerá de um órgão emissor, ele já trará consigo uma tecnologia de ponta no caso da segurança, fazendo com que as chances de crimes sejam reduzidas, principalmente quando falamos de lavagem de dinheiro, remessa ilegais e falsificação de cédulas.

Além disso, se por um acaso a instituição bancária venha a falência, você não perderá todo o seu dinheiro. Essa realidade que parece ser bastante inusitada já aconteceu anteriormente na história do mercado financeiro. Em 2008, os Estados Unidos entraram numa gigantesca crise imobiliária, que levou a instituições gigantes (como é o caso da Lehman Brothers) à falência.

O Real Digital vem para ajudar a corrigir esse problema, já que o maior risco de alguém que tem dinheiro depositado em uma instituição financeira e apresenta como seu maior medo é justamente se ela quebrar.

No caso do real digital existe uma enorme vantagem sobre outras moedas, que é justamente o caso dele ser emitido pelo próprio Banco Central, o risco se torna soberano, que significa o seguinte: você só perderia o seu dinheiro, se por um acaso o país quebrasse – o que é muito improvável de acontecer.

Buscando maiores vantagens no surgimento do Real Digital, tem-se algumas coisas muito mais óbvias a respeito dessa moeda, que é justamente setada pelo próprio BC, que é baratear serviços do próprio sistema financeiro, como é o caso da transferência de dinheiro para o exterior, desde que sejam países que mantém acordo comercial para esse tipo de transação.

Outro grande ponto é que o surgimento do Real Digital, amadurece novas oportunidades que possam ser virtuais, como é o caso de carteiras digitais, empréstimos semiautomatizados e oferta de produtos de investimentos muito mais sofisticados e que podem ser feitos diretamente pelos smartphones, além de integrações mais robustas com os diferentes marketplaces.

O BC está tentando fazer a entrada do Real Digital da forma mais assertiva possível, sendo que o banco abrirá consultas públicas para entender o cenário da sociedade e manter um cronograma de lançar a moeda nos próximos 2 ou 3 anos.

Esse mecanismo do Real Digital, definitivamente, vem para revolucionar o mercado bancário brasileiro, o qual ainda depende da criatividade das instituições financeiras e empresas do que realmente dos entraves tecnológicos.

Conclusão

Quando pensamos na quantidade de dinheiro que você carrega a todo instante, podemos concluir que cédulas mesmo são bem poucas. E isso acontece, pois, vivemos em um mundo altamente digitalizado o que força que as moedas também se tornem mais digitais também.

Segundo dados do Banco de Compensações Internacionais (BIS), aproximadamente 86% dos Bancos Centrais ao redor do mundo mostraram interesse em uma moeda digital e, um dado ainda mais interessante, que 60% dessas instituições apresentam planos de lança-las, ou já estudaram a possibilidade.

E o detalhe da modificação de um sistema bastante físico para outro digital, já mostra que o Brasil está bem posicionado e entendendo quais são os movimentos tecnológicos no futuro. Além disso, ao se transformar em um sistema mais digital e menos físico, irão trazer impactos bastante significativos para as atividades econômicas e para a economia como um todo.

Portanto em maio de 2021, o Banco Central apresentou quais serão as diretrizes que serão usadas no lançamento do Real Digital (cujo o nome é Central Bank Digital Currencies (CBCS). O BC brasileiro entende que ao lançar o real digital isso proporcionará o desenvolvimento de novas tecnologias e abrirá um leque para varias funcionalidades com o intuito de ampliar as possibilidades de transações e ainda barateando essas operações.

Além disso, ao se utilizar de um dinheiro virtual, algumas situações constrangedoras poderão ser evitadas, como esquecer dinheiro no bolso, colocar a roupa para lavar com dinheiro nos bolsos ou ainda seu animal cismar com sua carteira, você estará a salvo, pois, seu dinheiro estará bem guardado.

Outro ponto que pecisa ser lembrado é que o Real Digital apresentará potencial para coibir a ação física de assaltos, isso acontece devido a circulação da moeda.

Perguntas Frequentes

O que é o real digital?

O Real Digital se enquadra em uma categoria de moeda virtual que será emitida pelo Banco Central. Essa nova categoria de moedas digitais dos bancos centrais, apresenta o seguinte nome em inglês Central Bank Digital Currency (CDBC).

O Real Digital poderá ser utilizado via canais existentes, como o Pix ou o sistema de pagamentos brasileiro (SPB)?

De acordo com o que foi informado pelo Banco Central, o Real Digital operará segundo os preceitos da interoperabilidade, ou seja, a moeda será utilizada nos meios de pagamento disponíveis hoje. O BC ainda indicou que o real digital poderá ser usado para realizar pagamentos por meio de bancos, instituições financeiras ou empresas que sejam regulamentadas.

Outro ponto é que transferências do Real Digital poderão ser feita através do pix, do Doc e Ted. A ideia é que o real digital consiga manter todas as funções e recursos que o real tradicional apresenta hoje em dia, sendo que o Real Digital tem possibilidade de expandir ainda as suas funções.

O real digital permitirá a realização de transações internacionais?

O Banco Central avalia que essa possibilidade é possível, mas esse é uma ideia mais para o futuro, pois, para que isso aconteça será preciso uma modernização da legislação cambial, que é extremamente complexa e travadas do mundo.

O próprio BC sabe da dificuldade desse tema e, portanto, indica que existe um longo caminho a ser pavimentado para facilitar esse processo, mas afirma que existe essa possibilidade, já que a modernização irá efetivamente melhorar os padrões e as práticas de integração econômica no âmbito internacional.

Um primeiro passo que o BC está tentando implementar é a realização de transações internacionais via PIX, o que pode representar uma porta de entrada para um sistema global de pagamentos.

 

 

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