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O que é metaverso?

A tecnologia tem feito com que as pessoas vivam uma realidade totalmente nova e isso nunca fez tanto sentido como quando se tem contato com o que é chamado de metaverso.

Para muitos, esse termo pode parecer até mesmo algo saído dos filmes, mas a verdade é que o metaverso tem tudo a ver com a realidade. De fato, ele evoca mesmo uma realidade, mas do tipo virtual, paralela àquela que as pessoas vivem diariamente.

Com o aumento dos estudos a respeito da tecnologia, é sabido que os recursos digitais passaram a estar presentes em todo lugar: nem mesmo um simples consultório médico passa ileso sem ter um computador com Internet hoje em dia.

Nessa medida, é claro que não surpreende ninguém que os especialistas estejam trabalhando em uma espécie de segunda realidade, onde as pessoas possam ter uma segunda vida.

Ao colocar isso em palavras, pode parecer algo bem estranho: como uma segunda vida e como isso seria estruturado por meio da tecnologia?

Porém, a verdade é que isso já existe, mas nem todo mundo usava essa terminologia: qualquer um que tenha jogado The Sims em algum momento da sua vida estava inserido em um metaverso sem saber.

Contudo, há alguns meses, esse termo e o seu significado ganharam muito mais importância e começou-se a discutir a respeito de como o metaverso pode impactar a nossa vida e até que ponto ele pode facilitá-la ou até se tornar uma realidade paralela que as pessoas vivam junto à sua realidade cotidiana.

 

Afinal, do que se trata o metaverso?

O metaverso é uma espécie de metáfora para o universo em que nós vivemos. Daí, inclusive, que foi elaborado o seu nome.

Para deixar mais claro, é como se fosse um outro universo, uma segunda realidade paralela onde a nossa vida não precisa ter necessariamente nada a ver com a que vivemos agora.

Mais uma vez, um bom exemplo para ilustrar é o jogo The Sims: nele, as pessoas criam um boneco e ele tem uma vida inteira estruturada, ou seja, ele se casa, ele tem filhos, ele trabalha, ele sai, ele pode ser vocalista de uma banda, etc.

Tudo absolutamente diferente do que a pessoa por trás do boneco vive. Sendo assim, esse jogador tem a sua vida de verdade e uma vida paralela, que é a que ele assume no The Sims.

Todos os jogos de simulação consistem em uma realidade paralela, ou seja, em um metaverso, embora esse termo não fosse usado com frequência.

Nesse metaverso, as pessoas podem desempenhar as funções que quiserem, podem ser de outro sexo, conhecer outros indivíduos que não estão no seu círculo social “real” e muito mais. Tudo isso, é claro, de maneira digital.

O maior preceito do metaverso é que tudo acontece virtualmente, ou seja, é preciso que as pessoas que o vivem estejam conectadas à Internet.

Além disso, salvas às devidas proporções, as coisas que acontecem no metaverso não afetam a vida real e vice-versa. Esse “equilíbrio” só acaba caso a pessoa se conecte no metaverso com indivíduos que fazem parte da sua realidade e faça algo que seja reprovável ou que possa gerar repercussão.

 

Por que o metaverso entrou em evidência?

Até pouco tempo, não se falava do termo metaverso e as pessoas, apesar de saberem da existência de uma realidade virtual paralela, não discutiam tanto a esse respeito.

Contudo, mais uma vez, o Facebook tem importância direta na mudança de comportamento das pessoas: há alguns meses, a marca que contém essa rede social e todas as outras de Mark Zuckerberg passou a se chamar META, fazendo justamente uma menção ao metaverso.

Essa alteração não é à toa: a intenção do criador da rede social mais famosa do planeta é começar a prestar serviços no setor de metaverso e, por isso, já passou a condicionar a sua marca a essa ideia.

Essa declaração de Zuckerberg fez com que as pessoas passassem a discutir mais sobre a existência do metaverso, qual é o seu impacto na sociedade “real” e muitas outras questões.

Contudo, como já dito aqui, os especialistas em tecnologia já estão totalmente habituados com esse conceito, que tem se desenvolvido há décadas e que se tornou um aliado até para a saúde, para a educação, para o entretenimento, etc.

Mesmo assim, para o “consumidor comum”, é claro que tudo isso é uma novidade espantosa e quem não domina muito de tecnologia já fica preocupado achando que haverá mesmo uma realidade alternativa, quando tudo fica “apenas” no campo digital.

 

Exemplos de realidade virtual

Considerando que a realidade virtual ou metaverso já existe na nossa vida há bastante tempo, mas sem que houvesse tanta discussão a respeito dela, é possível determinar vários exemplos:

 

  • Jogos eletrônicos

Como já se falou, o The Sims é o maior percussor do metaverso, consistindo totalmente em se viver uma realidade paralela. Há várias edições desse jogo eletrônico, com o aumento gradativo das coisas que as pessoas podem fazer na sua realidade alternativa.

No entanto, não é apenas esse jogo que lida com a realidade virtual: há outros, para vários consoles de videogame e computadores, que também se baseiam na vivência de uma realidade simultânea à do gamer.

 

  • Óculos 3D no cinema

Há alguns anos, as pessoas ganharam a possibilidade de ficar “imersas” no filme que estavam assistindo no cinema por meio dos óculos 3D.

Neles, as pessoas tinham a sensação de que as coisas que apareciam na tela estavam ao seu lado, no cinema, sendo especialmente interessante quando se estava assistindo a filmes de terror.

Dessa maneira, quem via os filmes tinha a sensação de que estava vivendo aquilo que se passava no roteiro, ou seja, uma espécie de metaverso.

Já faz décadas que os óculos 3D foram criados para o cinema e isso demonstra como a realidade virtual já é uma verdade bem antes de as discussões sobre o metaverso começarem.

 

  • Simuladores de direção

As pessoas que fazem prova de direção costumam treinar em uma espécie de simulador, que tem a função de fazê-las se sentir como se estivessem dirigindo de verdade. Mais uma vez, uma realidade alternativa, um metaverso.

Também existe esse tipo de simulador para motos e até para aviões, sendo usado na formação de quem deseja ser piloto e de quem apenas quer testar novas habilidades.

Quando se está usando o simulador, é como se a pessoa, de fato, estivesse dirigindo aquele veículo, fazendo com que uma realidade 100% diferente passe a ser vivida.

 

Todas essas são coisas que demonstram como o metaverso, na verdade, já é parte do dia a dia das pessoas, mas com nomes diferentes e sem que elas se deem conta de que se trata de uma realidade alternativa.

 

As redes sociais fazem parte do metaverso?

Muitas pessoas vivem uma realidade completamente diversa da sua vida “de verdade” quando estão nas redes sociais.

Inclusive, há até quem crie perfis diferentes para interagir com os outros sem ser identificado, havendo uma dissociação total de quem essas pessoas são off line e de quem elas são enquanto estão online.

É por causa disso que muitos questionam se as redes sociais poderiam ser incluídas como um metaverso: as pessoas vivem ali coisas tão diferentes da realidade que seria possível chamar as redes sociais de realidade alternativa?

A verdade é que dá sim para citar as redes sociais nesse contexto, ainda mais quando se pensa que há pessoas que criam identidades totalmente novas quando estão na Internet.

Apesar de isso não estar na moda no Facebook, é válido lembrar do Orkut, no qual havia “famílias” formadas por pessoas que criavam fakes e que se relacionavam entre si. Era quase como um The Sims, mas que acontecia na rede social.

Com isso, é claro que o Facebook, o Twitter, o Instagram e todas as redes sociais, dependendo da maneira como são utilizadas, podem se transformar em um metaverso.

 

Óculos de realidade virtual fazem com que as pessoas tenham imersão completa

Como mencionado, os óculos 3D do cinema já eram uma forma de metaverso na medida em que as pessoas que os usavam sentiam que estavam imersas dentro do filme.

Contudo, é claro que existem, os óculos de realidade virtual ou VIRTUAL REALITY (VR), que oferecem uma experiência ainda mais intensa e mais imersiva.

Eles costumam ser usados para jogos de todos os tipos, como os de dança e os de combate, além de alguns esportes.

Quando a pessoa coloca os óculos de realidade virtual, é como se ela já não estivesse mais naquele ambiente: ela passa a estar no espaço onde o jogo acontece. Se for um jogo de dança, por exemplo, ela verá, enquanto está dançando, todas as coordenadas do jogo por meio dos seus óculos, apesar de as demais pessoas próximas não verem nada.

Em seu comunicado a respeito do interesse em se aprofundar nos serviços de metaverso, o Facebook chegou mesmo a mencionar óculos de realidade virtual e esse, provavelmente, será um dos produtos que a empresa Meta, de Zuckerberg, começará a disponibilizar aos clientes.

É válido salientar que já é possível comprar óculos desse tipo, assim como simuladores, jogos e tudo o mais que envolve o metaverso. Porém, conforme os avanços tecnológicos acontecem, espera-se que a experiência imersiva seja ainda mais impressionante.

 

Por que Mark Zuckerberg quer apostar no metaverso?

Uma dúvida que algumas pessoas já manifestaram é: se a realidade virtual existe há tanto tempo, por que só agora Mark Zuckerberg decidiu que seria bom criar uma empresa com o nome de Meta e explorar o metaverso?

O motivo, claro, tem a ver com a parte financeira: a probabilidade de que as pessoas passem a consumir ainda mais produtos relacionados ao metaverso é muito maior agora por que essas peças tendem a ter o seu preço diminuído.

Especialistas acreditam que, em pouco tempo, os produtos usados para a realidade virtual tendem a ter o seu preço mais baixo e, como consequência, a procura pelo metaverso seria ainda mais frequente.

É claro que, oferecendo produtos dessa natureza, a empresa de Zuckerberg teria a oportunidade de explorar mais mercado consumidor e de ampliar os seus ganhos.

Contudo, não se pode esquecer que o Facebook, por exemplo, é uma das empresas de maior domínio quando se fala de tecnologia e é possível que a Meta seja apenas mais uma forma de Zuckerberg estar à frente da nova tendência tecnológica que vai se popularizar.

 

Nova Internet: como o metaverso poderia influenciar?

Um dos interesses com relação ao metaverso é que ele pode alterar a forma como a Internet funciona hoje em dia.

Atualmente, a conexão de rede é o que se chama de centralizada, ou seja, ela é “coordenada” por entidades específicas. Com a acentuação do metaverso, a conexão de Internet se tornaria descentralizada, havendo menos controle sobre o funcionamento de plataformas, de sites, etc.

Entretanto, ao mesmo tempo em que há especialistas que estão ansiosos pelo metaverso, há outros que acham que isso é um grande perigo. Inclusive, um dos principais riscos, de acordo com as estimativas, é pela falta de proteção das informações dos usuários.

Outro problema apontado pelos especialistas quando se pensa na expansão do metaverso é o fato de que apenas as empresas que oferecem essa tecnologia teriam mais destaque, ou seja, poderia ser criada uma espécie de monopólio.

A realidade é que não existe uma perspectiva de quando ao metaverso passará a ficar à disposição das pessoas de uma forma mais completa e com todo o seu potencial. Por enquanto, o que resta aos consumidores são as “frações” do metaverso, como os jogos de realidade alternativa.

 

Não é só o Zuckerberg: há muitos outros empreendedores

 

É claro que, por causa da adoção do nome “Meta”, a empresa de Zuckerberg passou a ser um tipo de fato quando se fala em apostar no metaverso.

Todavia, a verdade é que existem concorrentes que também já estão há um tempo acreditando no potencial do metaverso, como a Microsoft, a Nvidia e a Nike, cada uma delas explorando soluções que são viabilizadas por causa da realidade virtual.

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