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O efeito do halving sobre a mineração

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Um relatório de fevereiro da TradeBlock sugere que o custo médio da mineração de um bitcoin poderia quase dobrar e chegar a US$ 12.525 após o halving de 2020.

Charles Edwards, da Capriole Investments, prevê que o custo de produção chegue a US$ 14.000 após o evento, dizendo que será o “mais brutal halving da história do bitcoin”.

Isso significaria problemas para a indústria de mineração, pois a mineração de bitcoin se tornaria pouco rentável e os pequenos mineradores podem ser forçados a cair fora da atividade, como já reportado recentemente pelo Cointelegraph. O hashrate total da rede também provavelmente cairá, a menos que o preço do Bitcoin aumente acima do custo de equilíbrio.

Esse cenário já aconteceu com os forks do Bitcoin, do Bitcoin Cash e do Bitcoin SV após seus halvings em abril. As recompensas de mineração por bloco para ambas as redes foram reduzidas de 12,5 para 6,25 moedas.

Os mineradores BSV e BCH abandonaram ambas as redes, pois a mineração das altcoins se tornou um investimento menos lucrativo e aparentemente migraram para a rede Bitcoin para continuar seus negócios de mineração, enquanto o halving não tinha acontecido.

A falta de mineradores suficientes também pode diminuir a velocidade da rede, como no caso do Bitcoin Cash. Alguns dias após o halving do BCH, a velocidade da rede caiu 83%, pois apenas um número menor de mineradores estava disponível na verificação de transações, deixando a rede vulnerável a ataque de 51%.

No entanto, o desempenho dos BSV, BCH e LTC não é um parâmetro para medir o resultado do Halving do bitcoin.

Os mineradores mantêm a rede do Bitcoin segura, verificando todas as transações. Como o poder de hash é compartilhado e distribuído por diferentes mineradores, as transações permanecem imutáveis. Isso significa que quanto mais mineradores validarem transações, mais segura será a rede Bitcoin.

No entanto, um ataque de gasto duplo permanece um dos calcanhares de Aquiles da rede, pois as transações podem ser revertidas quando uma entidade de mineração tem pelo menos 51% de controle do poder de hash da rede Bitcoin.

Nesse sentido, a segurança da rede pode estar em risco se as mineradoras encerrarem suas operações devido à diminuição da lucratividade. Deixar apenas alguns mineradores para proteger o sistema pode levar a uma alta concentração de hash power, e essa vulnerabilidade pode ser explorada em um potencial ataque de 51%.

Nenhuma entidade isolada alcançou perto de 51% do controle do hashrate do Bitcoin, o que torna muito rara a possibilidade de um ataque desse tipo. Segundo um estudo recente, 65% do hashrate global vem da China. A maior concentração do hashrate total em um único local é de cerca de 37% na região autônoma de Xinjiang, na China.

Embora o terceiro halving possa aumentar as chances de um ataque de gasto duplo na rede Bitcoin, ainda é muito improvável que isso aconteça, uma vez que outros fatores como taxas de transação e ajuste de dificuldade manteriam os mineiros médios nos negócios.

Além das recompensas em bloco, os mineradores também recebem taxas pela verificação de transações. No entanto, vale ressaltar que essas taxas geralmente representam uma pequena porcentagem do pagamento que os mineradores recebem, pois a maior parte vem do subsídio em bloco.

Felizmente, a dificuldade de bloqueio na rede Bitcoin passa por ajustes a cada duas semanas, o que significa que alguns mineradores médios provavelmente permanecerão lucrativos.

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